Perceber como se calcula a potência trifásica da sua instalação permite ter mais ferramentas de controlo na gestão da sua instalação elétrica.
Para que serve uma subestação elétrica e como funciona?
Se quer compreender como a eletricidade chega a sua casa, precisa de saber para que serve e como funciona uma subestação elétrica, pois este é o elemento-chave que permite o fornecimento de energia.
As subestações elétricas são elementos fundamentais na gestão da energia elétrica, ao garantirem que a eletricidade possa ser distribuída ao consumidor final, assegurando o mínimo de perdas ao longo do percurso. São também responsáveis pelo controlo da segurança do sistema.
Para conseguir o abastecimento, a E-REDES, é composta por mais de 230.000 quilómetros de linhas de rede, mais de 4.750 postos de carregamento de veículos elétricos e mais de 6,4 milhões de clientes.
O que é uma subestação elétrica?
Uma subestação elétrica é um ponto de ligação no sistema elétrico que compõe a grande rede elétrica. É uma instalação composta por diferentes equipamentos de alta tensão (como transformadores, interruptores, seccionadores, etc) que se interligam com outras subestações.
As suas principais funções são:
- Modificar a tensão elétrica.
- Transformar a frequência.
- Adaptar o número de fases.
- Compensar o fator de potência.
- Ligar dois ou mais circuitos.
- Controlar a segurança do circuito de distribuição.
Em suma, as subestações elétricas permitem transportar e distribuir a energia gerada, realizando os ajustes necessários em cada secção. Sem elas, o sistema elétrico seria inviável.
Para que serve uma subestação elétrica?
A finalidade de uma subestação elétrica é, como temos vindo a referir, distribuir a energia produzida nas centrais elétricas e assegurar as condições de fornecimento adequadas para que esta chegue ao consumidor final.
A sua classificação de acordo com as funções que desempenha permite-nos responder à questão de saber para que serve uma subestação elétrica.
Embora de uma forma simplificada pudéssemos dividir as subestações em dois grandes grupos: as que elevam a tensão e as que a reduzem, a classificação é, de grosso modo, a seguinte.
Comutação
As subestações de comutação servem de interligação de um ou mais circuitos, permitindo a formação de “nós” numa rede, aumentando assim a fiabilidade de um sistema.
Numa subestação de comutação não há mudança de tensão entre linhas.
Transformação pura
Este tipo de subestação elétrica tem por objetivo transformar a tensão de um nível superior para um nível inferior, via um ou mais transformadores e de vários níveis de transformação.
Transformador e comutação
Neste caso, a subestação é responsável pela modificação da tensão de um nível superior para um nível inferior, bem como pelo estabelecimento de uma ligação entre circuitos do mesmo nível.
Transformador e mudança de fase
Como o seu nome indica, este tipo alimenta redes com um número diferente de fases, mudando de trifásico para hexafásico ou monofásico.
Retificador
A subestação retificadora ou de tração é utilizada para alimentar uma rede de corrente contínua.
Central
Esta encontra-se perto das centrais elétricas e transforma um nível de tensão mais baixo num nível mais alto para que a eletricidade produzida possa ser transportada.
Como funciona uma subestação elétrica?
Quando falamos de eletricidade, é tão importante produzi-la como fazê-la chegar ao consumidor final, e as subestações elétricas desempenham um papel imprescindível neste processo.
A rede de distribuição de energia elétrica em Portugal é gerida pela E-REDES que tem a missão de transportar a energia elétrica desde os postos de transformação até às subestações de distribuição.
A subestação elétrica recolhe a energia gerada a 6-21 kilowatts (kV) e eleva-a a alta ou muito alta, a fim de minimizar as perdas de energia na transmissão. Depois de passar pela subestação elevadora, a eletricidade terá valores de 110 kV, 220 kV, 380 kV ou 400 kV.
As subestações de distribuição estão localizadas perto dos centros urbanos, que reduzem a tensão elétrica para valores entre 6 kV e 33 kV.
E finalmente, esta energia, após passar pelos centros de transformação, vai adaptar a sua tensão aos valores necessários para ser utilizada pelo consumidor final.
Elementos e processos do ciclo energético da subestação
A eletricidade é atualmente produzida em grandes centrais elétricas, principalmente a partir de energias renováveis, e chega às subestações através de postes de alta tensão.
Os principais elementos e etapas do processo são:
- A subestação é alimentada por duas ou mais fontes, o que é conhecido como comutação automática. Isto significa que se uma das fontes falhar, a outra continua a alimentá-la.
- O elemento central de uma subestação é o transformador elétrico, que pode ter várias funções, dependendo da necessidade de aumentar ou diminuir a tensão.
- Os interruptores de uma subestação são utilizados para ligar ou desligar o circuito elétrico. Nas subestações aéreas, estão localizados ao ar livre e nas subestações subterrâneas estão localizados numa sala chamada GIS (subestação elétrica encapsulada) que utiliza gás como isolante para os elementos ativos do sistema. Este tipo de configuração é o que se pode encontrar no interior dos edifícios.
- Outro componente são os seccionadores que permitem a passagem e a desconexão da eletricidade para o disjuntor de forma distribuída e controlada. Nas subestações encapsuladas, o estado do seccionador é representado por um código de cores (verde significa aberto, vermelho significa fechado). Nas subestações aéreas, o seccionador, sob a forma de um “jumper”, significa fechado; se não houver “jumper”, está aberto. Assim, os operadores podem ver se o interruptor abre ou fecha o circuito.
- Uma vez reduzida a tensão da corrente, a eletricidade passa para a sala de interruptores de média tensão, que verifica se está em condições de sair da subestação para ser distribuída.
- Após sair da subestação, a energia passa pelos postos de transformação de distribuição ou DTS e finalmente, com a potência adequada (400 V ou 230 V) chega a sua casa.
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